Análise dos rendimentos do Tesouro Direto nos últimos anos de 2019 a 2023

Os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto podem variar bastante ao longo dos anos, dependendo de fatores econômicos, como a taxa de juros e a inflação.

Análise dos rendimentos do Tesouro Direto
Imagem ilustrativa: Shutterstock

Você vai ter uma visão geral sobre como alguns dos principais títulos do Tesouro Direto se comportaram nos últimos anos:

Rendimentos do Tesouro Direto nos Últimos Anos

Tesouro Selic (LFT)

Comportamento: O Tesouro Selic é um título pós-fixado que segue a taxa Selic. Seus rendimentos estão diretamente relacionados às alterações na taxa básica de juros, que é determinada pelo Banco Central.

Histórico Recente: Nos últimos anos, a Selic passou por várias oscilações:

2019: A taxa Selic começou o ano em 6,5% e caiu para 4,5% em dezembro.

2020: Com a pandemia, a Selic foi reduzida para mínimos históricos, terminando o ano em 2%.

2021: A Selic começou a subir novamente para controlar a inflação, fechando o ano em 9,25%.

2022: A Selic continuou em alta, alcançando 13,75% em agosto, nível em que permaneceu até o final do ano.

2023: No final de 2023, a Selic caiu para 11,75% .

Tesouro Prefixado (LTN)

Comportamento: O Tesouro Prefixado oferece uma taxa fixa, definida no momento da compra, que não varia durante o prazo do título. No entanto, o preço de mercado desses títulos pode variar com as expectativas de juros futuros.

Histórico Recente:

2019 a 2020: Com a Selic em queda, os títulos prefixados ofereceram retornos relativamente atraentes, principalmente para quem adquiriu quando as taxas eram mais altas.

2021 a 2022: Com o aumento das taxas de juros, os preços de mercado dos títulos prefixados já emitidos sofreram com a queda, mas novas emissões passaram a oferecer taxas mais altas.

2023: A queda da Selic no final do ano favoreceu os títulos prefixados, aumentando seu valor de mercado.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal e NTN-B)

Comportamento: O Tesouro IPCA+ oferece proteção contra a inflação, pagando uma taxa fixa mais a variação do IPCA. Ele é ideal para quem deseja manter o poder de compra a longo prazo.

Histórico Recente:

2019: Com inflação controlada e taxas fixas em níveis baixos, esses títulos ainda ofereceram boa proteção.

2020: Durante a pandemia, com a inflação baixa, os rendimentos reais foram atraentes para investimentos de longo prazo.

2021 a 2022: A inflação voltou a subir, impulsionando os rendimentos desses títulos, que foram muito procurados como proteção.

2023: A inflação começou a ceder, mas os rendimentos continuaram atraentes devido às taxas prefixadas estabelecidas em um período de maior pressão inflacionária.

Os títulos do Tesouro Direto têm se mostrado uma ferramenta eficiente para diversos perfis de investidores, especialmente em períodos de incerteza econômica.

Enquanto o Tesouro Selic oferece estabilidade em tempos de variação de juros, o Tesouro Prefixado pode ser vantajoso em cenários de queda da Selic. O Tesouro IPCA+ continua sendo uma escolha sólida para proteger investimentos contra a inflação a longo prazo.