Identificar ações subavaliadas pode oferecer oportunidades de investimento valiosas.
Preparamos um guia para ajudá-lo a encontrar e avaliar essas ações que podem estar sendo negociadas abaixo do seu valor intrínseco:
O Que é Uma Ação Subavaliada?
Uma ação subavaliada é aquela cujo preço de mercado está abaixo do seu valor intrínseco ou verdadeiro valor econômico.
Isso significa que o mercado não está refletindo corretamente os fundamentos financeiros e as perspectivas de crescimento da empresa. Investidores que identificam ações subavaliadas acreditam que o preço da ação irá subir no futuro, à medida que o mercado perceber seu verdadeiro valor.
Análises fundamentalistas são frequentemente usadas para identificar essas oportunidades, considerando fatores como lucro, fluxo de caixa, e ativos da empresa.
6 Formas para Analisar uma Ação Subavaliada
1. Compreender o Conceito de Subavaliação
Subavaliação: Refere-se a ações que estão sendo negociadas a um preço inferior ao seu valor intrínseco ou real. Isso pode ocorrer devido a diversos fatores, como condições de mercado adversas ou uma percepção negativa temporária.
Valor Intrínseco: É o valor real de uma ação com base em sua análise financeira e perspectivas futuras, independentemente do preço de mercado.
2. Utilizar Métodos de Avaliação
Análise de Múltiplos: Compare o P/E Ratio (Preço sobre Lucro), P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial) e outros múltiplos da empresa com os de seus concorrentes e com a média do setor. Por exemplo, se a média do P/E Ratio do setor é 20 e uma empresa está negociando a um P/E de 12, pode haver uma oportunidade de subavaliação.
Desconto de Fluxo de Caixa (DCF): Calcule o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados da empresa. Se o valor calculado for superior ao preço de mercado, a ação pode estar subavaliada. Por exemplo, se a análise DCF estimar um valor intrínseco de R$ 50 por ação e o preço atual for R$ 35, isso indica uma potencial subavaliação.
3. Análise dos Fundamentos Financeiros
Histórico de Lucro: Examine o crescimento anual do lucro por ação (EPS). Por exemplo, uma empresa que tem aumentado seu EPS em 10% ao ano nos últimos cinco anos pode ter um valor intrínseco maior do que o preço atual sugere.
Saúde Financeira: Avalie a liquidez e a solvência da empresa. Um índice de liquidez corrente acima de 1,5 e um índice de endividamento abaixo de 50% podem indicar uma posição financeira sólida.
4. Análise do Contexto do Mercado e da Indústria
Condições de Mercado: Considere como as condições econômicas gerais e as tendências do mercado podem estar afetando o preço da ação. Por exemplo, durante a crise financeira de 2008, muitas ações de empresas saudáveis estavam subavaliadas devido ao pânico do mercado.
Tendências Setoriais: Analise o setor em que a empresa opera. Por exemplo, o setor de energia renovável tem visto um crescimento significativo, e algumas empresas nesse setor podem estar subavaliadas devido a percepções desatualizadas.
5. Análise de Eventos e Notícias
Notícias e Eventos Recentes: Verifique se houve eventos recentes, como resultados financeiros decepcionantes ou mudanças na gestão, que podem ter levado a uma avaliação injustamente baixa da ação.
Perspectivas Futuras: Considere as perspectivas futuras da empresa e se elas foram refletidas adequadamente no preço da ação. Por exemplo, uma empresa que anunciou uma nova parceria estratégica pode não ter visto essa informação refletida em seu preço de ação imediatamente.
6. Exemplo Prático para
Estudo de Caso: A empresa ABC Corp., no setor de tecnologia, estava sendo negociada a um P/E Ratio de 10, enquanto seus concorrentes estavam a 18. Após a análise de DCF, o valor intrínseco foi estimado em R$ 45 por ação, mas o preço de mercado estava em R$ 30.
A empresa também tinha um crescimento de receita de 12% ao ano e margens de lucro de 20%, sugerindo que estava significativamente subavaliada.
Ações subavaliadas são consideradas pechinchas, ou como diria Warren Buffet, “chepas”, conhecidas como as sobras de cigarros.